terça-feira, 20 de março de 2012

Treze bombeiros que participaram de greve no RJ são expulsos

Treze bombeiros que participaram de greve no RJ são expulsos

Agência Estado

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Os 13 bombeiros que participaram do movimento grevista no Rio de Janeiro, no mês passado, foram expulsos dos quadros da instituição. O Comando-Geral da corporação anunciou hoje, por nota oficial, a punição aos militares. Entre os 13 expulsos, está o líder do movimento, cabo Benevenuto Daciolo.

"A análise dos relatórios referentes aos Conselhos de Disciplina aos quais os militares foram submetidos foi concluída e, de acordo com nota publicada nesta tarde no Boletim Interno do CBMERJ (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro), eles foram considerados `culpados por articulação em manifestações de caráter político-partidário, nas quais incitaram ostensivamente a tropa à prática de ilícitos de natureza disciplinar e penal militar, além da adoção de conduta incompatível com a missão de bombeiro-militar'", informa a nota. O secretário de Estado de Defesa Civil e Comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, que decidiu pela expulsão, vai conversar com jornalistas sobre o assunto amanhã.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Mensagem do Comandante - 07 de Fevereiro de 2012

Mensagem do Comandante - 07 de Fevereiro de 2012 Imprimir E-mail
Ter, 07 de Fevereiro de 2012 12:35
Senhoras e Senhores Oficiais e Praças,

Vivemos um momento histórico em nosso Corpo de Bombeiros. É preciso que todos tenhamos o necessário entendimento da gravidade da situação.

De maneira aparentemente legítima, em nome de uma reivindicação salarial que, por justa, tem em mim o seu primeiro defensor, articula-se uma leviana, irresponsável e covarde proposta de paralisação na prestação de socorro à população.

Na condição de Comandante, venho tentando entender o porquê de, a cada momento, mudar-se o foco das reivindicações. Vale lembrar que a proposta inicial era atingir o piso salarial de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Pois bem, com o efetivo empenho deste Comandante, chegamos neste mês de fevereiro, a um piso de R$ 1669,32 que, acrescido da gratificação de R$ 350,00, eleva o SD BM sem triênio à R$ 2.019,32.

Vale, também, mencionar que praticamente todos os nossos Soldados já completaram o primeiro triênio, portanto o seu piso salarial - R$ 1.836,25 - acrescido dos R$ 350,00 de gratificação os coloca no patamar de R$ 2.186,25.

Ressalto que o conjunto de ações administrativas tomadas nos últimos meses, com vistas à melhoria de nossas condições, nos credencia moralmente a assumir a responsabilidade e o compromisso de encaminharmos, ao Governo, os  nossos pleitos de forma séria e responsável. Ocorre que, agora, tomamos conhecimento pela matéria do jornal "O Globo" de  05 de Fevereiro, sobre o que pensa o articulador da greve na Bahia, o qual,  em diversos momentos, esteve no Rio de Janeiro orientando a alguns dos nossos, sobre  como organizar um inaceitável modelo de greve.

O referido senhor, em meio a greve da PM de seu Estado, onde ocorre uma onda de assaltos, mortes e saques a estabelecimentos comerciais, declara que, "a pretensão não é salarial, mas a desmilitarização das Polícias Militares" e,  por via de consequência, dos Corpos de Bombeiros Militares.

Agora sim, finalmente explicita-se o verdadeiro objetivo, o  que é, sem dúvida, surpreendente, uma vez que a perda da condição de militares estaduais, certamente não é  a solução que buscamos.

Por esta razão, dirijo-me pessoalmente a cada Bombeiro-Militar que honra a sua farda, para que se juntem a absoluta maioria de nós que, comprometidos  com a busca de uma solução definitiva para nossas necessidades, não se deixam levar por esta aventura irresponsável e fora de propósito.

Cumpre-me o dever de mais uma vez esclarecer que greve, aquartelamento, uso indevido ou desuso de peças de uniforme configuram, respectivamente, crime  e transgressões disciplinares que nos trarão consequências indesejadas e poderão comprometer todo o esforço que estamos  fazendo para a consecução das promoções por tempo de  serviço, as quais têm como condicionante o bom comportamento dos beneficiados.

Reafirmo que estou pessoalmente comprometido com a elaboração de um trabalho conjunto com a Segurança Pública, com vistas à composição de um modelo de vencimentos compatível com as nossas atribuições.

O momento é de nos unirmos de forma séria e responsável e não de atitudes inconsequentes que irão macular a nossa Instituição.

Sérgio Simões - Cel BM
Secretário de Estado da Defesa Civil e
Comandante Geral do CBMERJ